Liderança transformadora e liberdade

Kari Silveira
2 min readSep 2

--

Não sei se você conhece a jornada de Angela Davis, uma ativista política e filósofa acadêmica norte-americana. Mas, recentemente, me surpreendi em como suas experiências e ensinamentos ressoam profundamente na busca por liderança transformadora.

Através de suas palavras e ações, ela se tornou uma voz inabalável na busca por um mundo mais justo. Li sua autobiografia, escrita quando ela tinha cerca de 28 anos. Uma das mensagens mais impactantes de Angela Davis é sobre a constante luta pela liberdade.

Ela nos lembra que a liberdade não é um estado estático, mas um objetivo dinâmico que requer esforços contínuos. Da mesma forma, como líderes, devemos estar dispostos a questionar nossas próprias práticas e ações todos os dias, assegurando que estamos conduzindo nossas equipes para a verdadeira liberdade de realizar seu potencial.

Outro ponto alto para mim é a importância da solidariedade na liderança e gestão de pessoas. Não podemos liderar isoladamente e, como ela destaca: a solidariedade é fundamental para unir nossas vozes e lutas. Ao cultivar um ambiente de solidariedade, garantimos que nossas equipes trabalhem juntas em busca de um objetivo comum, superando barreiras e desafios.

Uma lição transformadora que podemos tirar da jornada de Angela Davis é a evolução de suas perspectivas. Inicialmente, ela concentrou-se na emancipação das mulheres negras, mas com o tempo, percebeu que sua luta era mais abrangente, incluindo todas as mulheres e, posteriormente, todas as pessoas trabalhadoras. Essa mudança de foco nos lembra da importância de ampliar nossas perspectivas e reconhecer a interconexão de nossas lutas individuais.

Enquanto enfrentamos os desafios da liderança nos dias de hoje, podemos encontrar inspiração nas palavras e ações de Angela Davis. Sua busca por igualdade, justiça social e ética nos convida a refletir sobre nossas próprias práticas e ações. Ao desafiar ativamente as normas, incentivando a solidariedade e buscando constantemente a liberdade, podemos moldar um futuro melhor para nossas equipes e organizações.

Citando uma das palavras de Davis:

“Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É necessário ser antirracista.”

Acredito que devemos ter esse nível de posicionamento quanto aos nossos valores, com ações conscientes e solidariedade, podemos trabalhar para desmantelar as estruturas que perpetuam a desigualdade e criar ambiente onde todos tenham oportunidades.

Lembre-se, nossas jornadas individuais estão interligadas, e juntos podemos liderar com propósito, justiça e solidariedade.

Você concorda? Me conte um pouco da sua opinião sobre isso. ❤

--

--

Kari Silveira

Co-fundadora e COO da Impulso. Sou uma “pessoa de pessoas” que adora resolver problemas, pensar soluções, desenhar processos e integrar times.